27 de fevereiro de 2011

Vale do Rio Quilombo

Trabalhar com logística portuária, especificamente em terminal portuário não nos permite folgas em abundância.
Estarmos livres sábado e domingo através do indulto de folga, só acontece a cada 60 dias. Herculanamente conciliamos este final de semana com afazeres pendentes e nossas famílias.
Contávamos nos dedos a chegada do dia de  hoje para retomar nossas cicloaventuras. Tudo combinado, aviso no blog, convite boca-a-boca junto aos nossos co-wokers, seguindo a risca nosso propósito em fomentar a bike como transporte do bem e seus benefícios.
Infelizmente vários colegas que debutariam " forasteiramente falando", não compareceram.
Uma pena, pobres almas, perderam mais uma oportunidade ímpar de estar em contato com a Mãe Natureza, voltar revigorados e fortalecidos com tamanha energia prontos para mais uma batalha deliberadamente mesquinha através dos nossos objetivos materialistas!
Pois afinal de contas quem somos nós sem nosso status e o nosso  verniz social?
Mais enfim, os protagonistas deste verdadeiro espetáculo estavam lá, atuantes e felizes, Souza, Marcelo e Sandro...
Nosso destino desta vez era o belíssimo Vale do Quilombo.

O Vale do Rio Quilombo, fica na área continental de Santos, tem cerca de 50 famílias e fica junto à encosta da Serra do Mar, distante apenas cinco quilômetros do pólo industrial de Cubatão, a entrada para o Vale fica na altura do km 67 da Rodovia Cônego Domênico Rangoni. É um santuário ecológico pela riqueza vegetal que conserva.

O nome Quilombo foi escolhido porque o lugar foi abrigo de escravos foragidos. A história da região remonta à primeira sesmaria, doada em 1532 a Pero de Góis, por Martim Afonso de Souza.

No local, em meio à densa vegetação podem ser vistas ruínas de um antigo engenho de cana-de-açúcar, conhecido como Engenho dos Gayas ou dos Largachas e de um cemitério.

Este belíssimo bairro da  cidade de Santos faz divisa com Cubatão, Bertioga, Santo André, Mogi das Cruzes e com o Estuário de Santos.

Como de costume nosso ponto de encontro foi no canal 5 com a praia.
Às 07:00 h,  felizes e gratos com mais uma oportunidade concedida a nós pelo Papai do Céu, seguimos para o  Vale do Quilombo através da balsa de Santos rumo ao Guarujá .
Quando estávamos na balsa econtramos o Roberto Bitencourt, um cara com algumas cicloaventuras no currículo, Caminho de Compostela, Estrada Real, Caminho da fé, Roberto juntou-se a nós reforçando a trupê.

Apesar do dia estar nublado, eu digo apesar pois adoro o Astro Rei brilhando e predominando sobre a natureza, o passeio foi maravilhoso e fantástico e com menos desgaste em virtude do tempo.
Foram 18 km mata a dentro ida e volta a contar da entrada para o Vale do Quilombo em estrada de terra.
No caminho podemos notar alguns sítios e muita mata atlântica debruçada sobre nós,  nos abençoando!
Ufa, quanta energia!

Paramos num barzinho para água/refri, mas tais produtos por lá são mosca branca, fácil de encontrar são aquelas águas que passarinho não bebe  rsssssssssssssss.........
O cicloturismo nos porporciona o contato com pessoas e suas histórias, conhecemos seu Teixeira que já foi protagonista de uma viagem de bike até Aparecida do Norte junto com um grupo de colegas.

Depois de alguns banhos de cachoeira, lá pelas 11:00 h  levantamos acampamento para retorno, boa hora, pois chegavam pessoas a lot para um domingo em família com muito goró e churrasco na represa, segundo seu Jorge e dona Cida, barraca onde deixamos nossas bikes para chegarmos a cachoeira mais acima através de uma trilha, ali no dia de domingo sai gente pelo ladrão, com direito a competição de piquinique e farofa, pois é, cada um desfruta e vê a natureza conforme seus valores, afinal a natureza pertence a todos.

No retorno tivemos um contra-tempo com um pneu furado, e eu totalmente desprevinido fui salvo pelo Sandro com seu kit remendo, graças a Deus.
Ficamos cerca de 30 minutos para o conserto, ao retomarmos a pedalada tivemos uma surpresa, nosso colega Roberto, seguiu seu rumo solo e não o vimos mais.
Mas isso é de menos, o que importa que enquanto esteve conosco foi uma boa companhia, deve ter tido seus motivos para não esperar por nós.
Esperamos revê-lo em breve numa outra cicloaventura, valeu Roberto!

Balanço do dia, 80 km de pedaladas em 04 h 40 min. de pedal (descontadas as paradas), muito companherismo e  na bagagem muita energia e a certeza que viver vale muita a pena e que Deus esta conosco sempre e em todo os lugares.

Thanks my God!!!

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